Julgar, julgar e julgar.. eis o grande erro da humanidade! Nos julgamos melhores que os outros, atribuímos a eles más intenções, ficamos presos a exíguas experiências passadas e prontamente generalizamos tudo.. como se cada um não fosse único, como se cada um não pudesse ser diferente, como se cada um não tivesse outra escolha a não ser fazer parte de um todo míope e sem graça. É mais fácil apontar o dedo do que se enxergar a fundo..
O que está acontecendo? O que nos leva a pensar assim? Medos e traumas, decepções e rancores.. tudo o que é negro e mesquinho, empoeirado e sujo. “Aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”, bem disse Nietzsche. Que música é essa que os loucos escutam? É a mesma que nos faz diferentes? É a mesma que nos afasta de outros que antes amamos e que agora se foram? Que música é essa que passou a tocar? Outro ritmo, outra letra? Ou será que a música é a mesma e os outros é que mudaram o canal?
Uma coisa é certa, me sinto como o cantor que disse: “Everybody's changing and I don't feel the same”. Saudade dos que foram.. mas meu passo é outro.
