Aqueles olhos vazios que
transmitem uma dor e tristeza profundos, escondidos em belas cores.. Não consigo
ver as cores, só os olhos me atraem para um cenário obscuro. Posso dizer que é
medo mesmo.. medo de ser absorvida por esses olhos e ali ficar: presa num lugar
de onde não possa sair, um lugar onde nada consiga disfarçar a angústia de
dentro, nem mesmo as cores e o sol de fora. É esse objetivo da arte, não é? Revelar
um pouco de nós mesmos, traduzir emoções.. Mas ela funciona como um espelho - cada
um enxerga de uma forma, a depender de sua bagagem, sua história, seus medos e
fantasias.. Tem algo bem humano em querer saber o que há por trás do que se
mostra, enxergar o que não se expressa, o que se esconde.. E nessas
interpretações do que não se vê é onde vemos a pluralidade e a beleza dos
pontos de vista. “Essa menina, tão bonita!”, ele disse. Mas eu só conseguia ver
os olhos.. será que um dia ela vai conseguir sair dali?
sexta-feira, 30 de junho de 2017
domingo, 25 de junho de 2017
Do choro ao riso, do luto à luta.
Até onde nos perdemos tentando
nos encontrar? Essa risada efêmera é a tal felicidade? O que os palhaços fazem
quando a cortina se fecha? Quando a plateia vai embora? Quando a vida acaba? “Melhor
ir a uma casa onde há luto”, ele disse. “Se a pessoa não se esforça, a vida
ensina”, ela ouviu. E nesse inverno de rostos felizes, dentes brancos e lindas
fachadas, me pergunto: onde as pessoas se escondem? Num mar de dramas, qual o
verdadeiro espetáculo – o riso ou o choro? “Porque tudo nessa vida passa”, mas
o que fica pra quem fica - quem fica ou quem vai? Qual seu equilíbrio agora?
Quem é seu mundo? A vida é uma eterna mudança, sempre pensei, agora muito mais
concretamente. Nada permanece. Como uma bruma, um sopro, a vida é como um riso:
leve enquanto dura e breve quando se vai.
Marcadores:
"Razão e sensibilidade",
Pensamentos e indagações
Assinar:
Postagens (Atom)