Até onde nos perdemos tentando
nos encontrar? Essa risada efêmera é a tal felicidade? O que os palhaços fazem
quando a cortina se fecha? Quando a plateia vai embora? Quando a vida acaba? “Melhor
ir a uma casa onde há luto”, ele disse. “Se a pessoa não se esforça, a vida
ensina”, ela ouviu. E nesse inverno de rostos felizes, dentes brancos e lindas
fachadas, me pergunto: onde as pessoas se escondem? Num mar de dramas, qual o
verdadeiro espetáculo – o riso ou o choro? “Porque tudo nessa vida passa”, mas
o que fica pra quem fica - quem fica ou quem vai? Qual seu equilíbrio agora?
Quem é seu mundo? A vida é uma eterna mudança, sempre pensei, agora muito mais
concretamente. Nada permanece. Como uma bruma, um sopro, a vida é como um riso:
leve enquanto dura e breve quando se vai.
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